sábado, 21 de agosto de 2010

She

"You may not be her first, her last, or her only. She loved before she may love again. But if she loves you now, what else matters? She's not perfect - you aren't either, and the two of you may never be perfect together but if she can make you laugh, cause you to think twice, and admit to being human and making mistakes, hold onto her and give her the most you can. She may not be thinking about you every second of the day, but she will give you a part of her that she knows you can break - her heart. So don't hurt her, don't change her, don't analyze and don't expect more than she can give. Smile when she makes you happy, let her know when she makes you mad, and miss her when she's not there."-Bob Marley

PS- Se quiserem a traduçao digam.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Carta

Nao, esta nao e uma carta de amor. Nao e amor, nem odio, nem revolta nem angustia. Nao e nada. Estou-te a escrever simplesmente porque posso e porque sei que o que quer que aqui escreva ja alguem o sabe. E uma carta pequena, porque nunca foi o meu destino ser grande, nem nunca quiseste que eu o fosse. Esta carta marca um novo inicio, onde provavelmente, contra todas as aprendizagens, vou cometer exactamente os mesmos erros que ja cometi tantas vezes, mesmo tendo noçao disso. Mas os erros nao sao maus. Porque e que todos tem medo de errar, explicas-me? Eu tenho muito mais medo de nao saber que errei. Começar de novo e sempre bom, se desse para apagar o passado, fazer reset e começar de novo com o que aprendemos. Gostava de poder um dia sair a rua com alegria e mostra-lo a toda a gente, mas preciso de ti. Quando receberes isto, vem ter comigo e le-me tudo em voz alta, talvez mais do que uma vez para eu ter a certeza que es tu. Sim, com tanta mudança, eu esqueço-me do que tenho e nao posso nem quero perder. De um lado tenho tudo aquilo que fui conquistando como um rei, merecendo cada coisa. Do outro tenho-te a ti. Tenho mesmo de escolher? O meu ideal de mudança passava por uma nova vida, mas contigo, porque por muito bom que tudo isto seja, por muito feliz que seja, ou pense ser, ignorando todas as etiquetas que saltam e dizem "Cliche", nada disto faz sentido sem ti, e no entanto consegues com que eu fosse capaz de dar tudo para te ter (ao meu lado), se isso fosse possivel. Nao posso ir ter contigo, por isso te escrevo esta carta, esta especie de carta que tu provavelmente les com um sorriso e arrumas no bolso antes de te levantares da cadeira e fazeres a estrada.


PS- Perdoem-me a falta de acentuaçao, mas o meu teclado esta com dificuldades tecnicas. Ja se juntou ao clube.

PS2- A serio, estou a tua espera. Nao temas.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O voo

Deitado, ou de pé, olhar o céu e sonhar sempre foi um passatempo. Invejei de uma forma série a maneira livre como os pássaros se movimentavam tão facilmente pelo espaço aéreo livremente e sem preocupação. E os aviões, monstros metálicos tão colossais e pesados bem lá no alto. Como é que conseguem (e eu não)? O homem nunca foi feito para voar, aliás o homem nunca foi feito, o homem fez-se. E porque é que o homem nunca quis voar e se resignou ao domínio da terra. Eu pelo contrário nunca fui um sujeito passivo, sempre quis voar, pelo menos saber como o fazer. A necessidade de um voo esteve sempre cá dentro, especialmente agora que já não olho nem os pássaros nem os aviões. Os meus sonhos, porém voam mais alto do que qualquer objecto voador, identificado ou não. Por isso nunca tive um pássaro ou dois, não se pode "ter" pássaros. Eles nunca nos pertenceram, nem hão-de pertencer. Sinto-me preso quando os vejo, a minha gaiola é maior mas mais cruel. Não compreendo o porquê de prender os pássaros. É inveja? Inveja de não poderem levantar voo com um pequeno bater de asas imediato?

Preciso de um voo, porque a minha alma está presa. Por isso soltem-me, a mim e aos pássaros, a mim e aos morcegos que dançam pela penumbra. A mim e aos vampiros que vêm pela escuridão e te sugam o sangue e te abandonam sem piedade. Não me dêem pára-quedas porque já à muito que eu caí. Não me dêem asas de papel, porque eu rasgo-as e queimo-as como às tuas fotografias. Não preciso de soluções fáceis, de remendos nas roupas, quero apenas voar, daqui para fora. Demora o tempo que demorares, eu não tenho pressa, mas leva-me daqui para fora ou ensina-me a fazê-lo. Mas tens de ser tu a dizer: "Vai!" Serão as tuas palavras mágicas, que nunca disseste mas que eu anseio por ouvir, dia após dia, sem nunca me perder, ou à minha esperança.